segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O tempo afrouxa tudo e aquele velho amor que nas encostas, teimosamente insistia em queimar-te, agora nem arde mais. Questionar-te-ia se tivesse forças, mas tu, sempre submissa a vida, insistente persevera na tarefa de apenas continuar. Nunca lutou por nada, achando que a vida, pobre vila inconsciente, pudera ser a culpada da doce tarefa de amargar uma vida tão pequena quanto a tua. Ah minha pequena, se eu pudesse te dizer pra abrir as janelas e o coração, deixar o vento bater... A vida é de quem se arrisca minha pequenina, e se tiver que sofrer, faz parte, triste de quem jamais sentiu dor, pois também não viveu. Lançar-te deveria no abismo do sem volta, porque, nos singelos passos da construção do tempo, o que se constrói ao longo do caminho, é que permanece na memória. Dê vida as páginas em branco do seu pequenino caderno vazio, tente misturar as cores, aprenda a sujar as mãos...

Mah.