segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O tempo afrouxa tudo e aquele velho amor que nas encostas, teimosamente insistia em queimar-te, agora nem arde mais. Questionar-te-ia se tivesse forças, mas tu, sempre submissa a vida, insistente persevera na tarefa de apenas continuar. Nunca lutou por nada, achando que a vida, pobre vila inconsciente, pudera ser a culpada da doce tarefa de amargar uma vida tão pequena quanto a tua. Ah minha pequena, se eu pudesse te dizer pra abrir as janelas e o coração, deixar o vento bater... A vida é de quem se arrisca minha pequenina, e se tiver que sofrer, faz parte, triste de quem jamais sentiu dor, pois também não viveu. Lançar-te deveria no abismo do sem volta, porque, nos singelos passos da construção do tempo, o que se constrói ao longo do caminho, é que permanece na memória. Dê vida as páginas em branco do seu pequenino caderno vazio, tente misturar as cores, aprenda a sujar as mãos...

Mah.

terça-feira, 1 de junho de 2010

... eram tantos planos, tantos desejos, tantos sonhos, tantas vontades, era um mundo tão grande a descobrir que sofrer teria que ficar para mais tarde.

Mah.

domingo, 2 de maio de 2010

Lembram-me canções mudas.

Sou feita de lembranças, boas ou não; das que me remetem saudade e as que embora dolorosas, me proporcionam ensinamento.
Sou todos os meus sonhos, os que de alguma forma se projetam em minha vida e também os que jamais iram se realizar. Lembram-me canções mudas.
Sou uma mistura de coisas boas e outras que eu não poderia nomear assim.
Sou palavras não pensadas e ditas, como por vezes, sou silêncio que fala. Uma mistura de muitas coisas, e até sentimentos.
Sou doses de realidade, e outras, sou ilusão. Pequena chama de esperança, que embora vacilante, se mantém acessa!

Mah.